terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Êxtase

(O pescador e a Sereia, por Frederic Leighton )


Num jacto impulsivo e repentino
Eu vi, como uma sinfonia alta
E excessivamente explosiva,
Em meu rosto o teu rosto!
Em minha boca, tua boca!!

No toque mais louco,
Da coragem que nos torna um só
Por estranha inquietação,
Como se fosse uma aventura única.

Misturam-se nossas águas,
Em paixão desmedida.
Desnudado e atrevido, me tornaste mulher
Me fizeste mais Feliz!

Olho nos olho, tu me devoras!
Corpo a corpo, te me torturas!
E me consomes, completas!

Lá fora, bem ao longe...A chuva se esvai.
Tu te repartes lépido e fogoso,
Te agitas e me excita com mil idéias bonitas
És deliciosamente faceiro e sedutor!!

Gardênia Salvador Rodrigues

Segunda Impaciência do Poeta

Cresce o desejo, falta o sofrimento,
Sofrendo morro, morro desejando,
Por uma, e outra parte estou penando
Sem poder dar alívio a meu tormento.

Se quero declarar meu pensamento,
Está-me um gesto grave acobardando,
E tenho por melhor morrer calando,
Que fiar-me de um néscio atrevimento.

Quem pretende alcançar, espera, e cala,
Porque quem temerário se abalança,
Muitas vezes o amor o desiguala.

Pois se aquele, que espera se alcança,
Quero ter por melhor morrer sem fala,
Que falando, perder toda esperança.

Gregório de Matos

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Amor Bastante

(Alameda do Jardim Botânico, por Washington Maguetas)


Quando eu vi você
Tive uma idéia brilhante
Foi como se eu olhasse
De dentro de um diamante
E meu olho ganhasse
Mil faces num só instante

Basta um instante
e você tem amor bastante

Um bom poema
Leva anos
Cinco jogando bola,
Mais cinco estudando sânscrito,
Seis carregando pedra,
Nove namorando a vizinha,
Sete levando porrada,
Quatro andando sozinho,
Três mudando de cidade,
Dez trocando de assunto,
Uma eternidade, eu e você,
Caminhando junto
Paulo Leminski

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Gosto quando te calas

(Flores no vaso, por Renoir)

Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.

Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.

Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.

Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.

Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.
Pablo Neruda

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Amar e ser amado

Amar e ser amado! Com que anelo
Com quanto ardor este adorado sonho
Acalentei em meu delírio ardente
Por essas doces noites de desvelo!
Ser amado por ti, o teu alento
A bafejar-me a abrasadora frente!
Em teus olhos mirar meu pensamento,
Sentir em mim tu’alma, ter só vida
P’ra tão puro e celeste sentimento:
Ver nossas vidas quais dois mansos rios,
Juntos, juntos perderem-se no oceano —,
Beijar teus dedos em delírio insano
Nossas almas unidas, nosso alento,
Confundido também, amante — amado —
Como um anjo feliz... que pensamento!?

"Castro Alves"

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

As sem-razões do amor

(Calais sands at low water, por William Turner)

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor

"Carlos Drummond de Andrade"

Poeminha Sentimental

(Water lilies (The clouds), por Monet)

O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam
"Mário Quintana"

O Tempo

(Wheatfield under thunderclouds, por van Gogh)

Com o tempo, você vai percebendo que
para ser feliz com uma outra pessoa:
Você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquela pessoa que você ama
(ou acha que ama) e que não quer nada com você,
definitivamente, não é a pessoa da sua vida.
Você aprende a gostar de você,
a cuidar de você e, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem
você estava procurando,
mas quem estava procurando por você!

"Mário Quintana"
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Miga minha do meu coração que me
mandou esse!!!!! Brigadão Gardênia!!!!!!

Todas as Cartas de Amor são Ridículas

(Meule, effet de neige, le matin, por Monet)

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

Pra quem ainda vier a me amar

(Buquê de flores da primavera, por Renoir)

Quero dizer que te amo só de amor.
Sem idéias, palavras, pensamentos.
Quero fazer que te amo só de amor.
Com sentimentos, sentidos, emoções.
Quero curtir que te amo só de amor.
Olho no olho, cara a cara, corpo a corpo.

Quero querer que te amo só de amor.
São sombras as palavras no papel.
Claro-escuros projetados pelo amor,
dos delírios e dos mistérios do prazer.
Apenas sombras as palavras no papel.

Ser-não-ser refratados pelo amor no
sexo e nos sonhos dos amantes.
Fátuas sombras as palavras no papel.
Meu amor te escrevo feito um poema
de carne, sangue, nervos e sêmen.

São versos que pulsam, gemem e fecundam.
Meu poema se encanta feito o amor
dos bichos livres às urgências dos cios
e que jogam, brincam, cantam
e dançam fazendo o amor como faço o poema.

Quero a vida as claras superfícies onde
terminam e começam meus amores.
Eu te sinto na pele, não no coração.
Quero do amor as tenras superfícies
onde a vida é lírica porque telúrica,
onde sou épico porque ébrio e lúbrico.

Quero genitais todas as nossas superfícies.
Não há limites para o prazer,
meu grande amor, mas virá sempre antes,
não depois da excitação.

Meu grande amor, o infinito é um recomeço.
Não há limites para se viver um grande amor.
Mas só te amo porque me dás o gozo
e não gozo mais porque eu te amo.

Não há limites para o fim de um grande amor.
Nossa nudez, juntos, não se completa nunca,
mesmo quando se tornam
quentes e congestionadas, úmidas
e latejantes todas as mucosas.

A nudez a dois não acontece nunca,
porque nos vestimos um com o corpo do outro,
para inventar deuses na solidão do nós.
Por isso a nudez, no amor, não satisfaz nunca.
Porque eu te amo, tu não precisas de mim.
Porque tu me amas, eu não preciso de ti.

No amor, jamais nos deixamos de completar.
Somos, um para o outro,
deliciosamente desnecessários.
O amor é tanto, não quanto.
Amar é enquanto, portanto. Ponto.
Roberto Freire

Tenho tanto sentimento

(Parc Monceau, por Monet)

Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa

A segunda

Tenho uma tese que é a seguinte: tantos casamentos dão errado porque o homem só casa certo na segunda vez. Faça um teste com seus amigos, ou com homens famosos: de quantos você diz que "agora acertaram", depois de um primeiro casamento precipitado, equivocado e obviamente fracassado? A segunda mulher geralmente é tudo que a primeira não foi, ou devia ser, mas não era. Não é uma esposa, é uma retificação.

Dos homens que se casam cedo pode-se dizer o mesmo que dizemos dos vestibulandos obrigados a escolher uma carreira para toda a vida quando ainda não sabem escolher uma gravata. Falta-lhes a maturidade que só terão quando conhecerem melhor a vida e a si mesmos, e escolherem a segunda. A segunda mulher é como a revelação de que a sua vocação, afinal, não era a engenharia de sistemas, era o paisagismo. Ou que você casou com uma idealização sexual, ou com a sua mãe, ou com outra alucinação igualmente provisória.

Antigamente só se casava uma vez, mas aí a segunda mulher era a amante. O homem vivia com o engano e com a correção ao mesmo tempo. Para não dizerem que a tese é machista, ela também serve para mulheres, com uma complicação: o segundo marido só é o certo para a mulher se ela também for a sua segunda.

Se ela for a primeira ou a terceira - ou a quarta ou a quinta, etc. - não funcionará. Ele será o seu segundo, e portanto teoricamente o certo, mas com um defeito grave: ainda estará procurando a sua segunda. Ou já a encontrou e não a reconheceu, e não se contentará com mulher alguma.

Dirá você que conhece primeiros casamentos que deram certo. Certifique-se de que não há nenhum tipo de simulação, que os dois só não partiram para a segunda tentativa por comodismo, ou se não existem segundas ou segundos clandestinos em algum lugar. Se a felicidade for real, é porque aconteceu uma anomalia prevista na tese: a dos homens que casam com a segunda na primeira vez. É raro, mas acontece.

Luis Fernando Veríssimo

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Da chegada do amor

(Picking flowers, por Renoir)

Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.

Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.

Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.

Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.

Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.

Sem senãos.

Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.

Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.

Elisa Lucinda
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Esse me foi enviado por uma nova velha amiga que
eu adoro muito, a Lígia. Muito obrigado Li, amei esse
poema!

Quem já não passou por isso...

(por Vicent Van Gogh)

Quem é que nunca teve um Paulo, um Felipe, um Ricardo,
um Júlio ou um Alexandre na vida? Tudo bem, pode ser uma
Juliana, uma Débora, uma Patrícia ou uma Ana...
Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa!
Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao
mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas
uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo!
A "fila" anda, a coleção de "figurinhas" cresce, a conta
de telefone é sempre altíssima. Mas e ai? O que isso te
acrescenta? Nessas horas sempre surge aquela tradicional
perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você
trocaria qualquer programa por um simples filme com
pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca logo na
sua vida??? Se o tal "amor" é impontual e imprevisível que se dane!

Não adianta: as pessoas são impacientes! São e sempre
vão ser! Tem gente que diz que não é... "Eu não sou
ansioso, as coisas acontecem quando tem que acontecer."
Mentira! Por dentro todo ser humano é igual: impaciente,
sonhador, iludido... Jura de pé junto que não, mas vive
sempre em busca da famosa cara metade! Pode dar o nome
que quiser : amor, alma-gêmea, par perfeito, a outra
metade da laranja... No fim dá tudo no mesmo.
Pode soar brega, cafona...Mas é a realidade. Inclusive o
assunto "amor" é sempre cafonérrimo.
Acredito que o status de cafona surgiu porque a grande
maioria das pessoas nunca teve a oportunidade de viver
um grande amor. Poucas pessoas experimentaram nesta vida
a sensação de sonhar acordada, de dormir do lado do
telefone, de ter os olhos brilhando, de desfilar com
aquele sorriso de borboleta azul estampado no rosto...

Não lembro se foi o "Wando" ou se foi o "Reginaldo
Rossi" que disse em uma entrevista que se a Marisa Monte
não tivesse optado pelo "Amor I love you" e que se o
Caetano não tivesse dito "Tô me sentindo muito
sozinho.." eles não venderiam mais nenhum disco. Não
adianta, o público gosta e vibra com o "brega".
Não adianta tapar o sol com a peneira.
Por mais que você não admita: - Você ficou triste porque
o Leonardo diCaprio morreu em Titanic" e ficou feliz
porque a Julia Roberts e o Richard Gere acabaram juntos
em "Uma Linda Mulher";
Existe pelo menos uma música sertaneja ou um pagodinho"
que te deixe com dor de cotovelo;

Quando você está solteiro e vê um casal aos beijos e
abraços no meio da rua você sente a maior inveja;
Você já se pegou escrevendo o seu nome e o da pessoa
pelo qual você esta apaixonada no espelho embaçado do
banheiro, ou num pedacinho de papel;
Você já se viu cantando o mantra "Toca telefone toca" em
alguma das sextas-feiras de sua vida, ou qualquer outro
dia que seja; Você já enfiou os pés pelas mãos alguma vez na vida e se
atirou de cabeça numa "relação" sem nem perceber que
você mal conhecia a outra pessoa e que com este seu
jeito de agir ela te acharia um tremendo louco;
Você, assim como nos contos de fada, sonha em escutar um
dia o tal "E foram felizes para sempre"
Bem , preciso continuar? Ok, acho que não...
Negue o quanto quiser, mas sei que já passou por isso, e
se não passou, não sabe o quanto esta perdendo....

"O problema de resistir a uma tentação é que você pode
não ter uma segunda chance"

"Falo a língua dos loucos, porque não conheço a mórbida
coerência dos lúcidos"

Luiz Fernando Verissimo

A Arte de Gostar de Mulheres

Para as mulheres que merecem ser amadas e desejadas todos os dias. E para os homens aprenderem como gostar de mulher.
( Por Rafael Martí, jornalista e gosta muito de mulher, mas só tem olhos para sua morena linda)

Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo na Uerj, fui assistir a uma palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda. Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase: "Para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher". Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou. "Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo. Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso" - afirmou. O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher. Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita. Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente. Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar com o modo com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso. Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo a não ser o de ver seu sorriso. É escutar pacientemente todas as queixas da chefa rabugenta, que provavelmente é assim porque seu homem não gosta de mulher. O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida. O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade. "Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro", afirmou Vinicius de Morais no poema "Para viver um grande amor". Para amar 'verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira 'vez. O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para lhe seduzir 'várias e várias vezes, esse, minha amiga, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher. Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostam de mulher é que conquistam várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino. Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade. Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês por incrível que pareça, para um nacionalista e anti-imperialista convicto. 'É a Have you really loved a woman? do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer "você já amou realmente uma mulher?". Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dá-la apoio, para amar realmente uma mulher. Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de comer mulher é fácil. Agora gostar de mulher é dificílimo. Precisa ser macho de verdade para isso. Quem se habilita?

Quase

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez,
é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece,
que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão
do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância
e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir
entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas
estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas
resta-nos somente paciência porém,
preferir a derrota prévia à dúvida da vitória
é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando porque,
embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

Amor

Ela: Você me ama mais do que tudo?
Ele: Amo.
Ela: Paixão, paixão?
Ele: Paixão, paixão mesmo.
Ela: Mais do que tudo no mundo todo?
Ele: No mundo todo e fora dele.
Ela: Não acredito.
Ele: Faz um teste.
Ela: Eu ou fios de ovos.
Ele: Você, fácil.
Ela: Daqueles com calda grossa, que a gente chupa o fio e a calda escorre pelo queixo.
Ele: Prefiro você.
Ela: Futebol.
Ele: Não tem comparação.
Ela: Você esta caminhando, vem uma bola quicando, a garotada grita
"Devolve tio!" e você domina, faz dezessete embaixadas e chuta com perfeição.
Ele: Prefiro você.
Ela: Internacional e Milan em Tóquio pelo campeonato do mundo,
passagem e entrada de graça.
Ele: Você vai junto?
Ela: Não.
Ele: Pela televisão se vê melhor.
Ela: Faz muito calor. Aí chove, aí abre o sol, aí vem uma brisa fresca com
aquele cheiro de terra molhada, aí toca uma musica no rádio e é uma
nova do Paulinho. É Sexta-feira e a televisão anunciou um Hitchcock
sem dublagem para aquela noite... e o Itamar está dando certo.
Ele: Você.
Ela: Voltar a infância só pra poder pisar na lama com o pé descalço e
sentir a lama fazer squish entre os dedos.
Ele: Você, longe.
Ela: A Sharon Stone telefona e diz que é ela ou eu.
Ele: Que dúvida. Você.
Ela: Cheiro de livro novo. Solo de sax alto. Criança distraída. Canetinha
japonesa. Bateria de escola de samba. Lençol recém-lavado. Hora
no dentista cancelada. Filme com escadaria curva. Letra do Aldir
Blanc. Pastel de rodoviária.
Ele: Você, você, você, você, você, você, você, você, você e você,
respectivamente.
Ela: A Sharon Stone telefona novamente e diz que se você se livrar de
mim ela já vem sem calcinha.
Ele: Desligo o telefone.
Ela: Fama e fortuna. A explicação do universo e do mercado de
commodities, com exclusividade. A vida eterna e um cartão de
credito que nunca expira.
Ele: Prefiro você.
Ela: Uma cerveja geladinha. A garrafa chega estalando. No copo, fica com
um quarto de espuma firme. O resto é ela, só ela, dizendo "Vem".
Ele: Hummm...
Ela: Como, hummm? Ela ou eu?
.... Silêncio de 5 segundos ...
Ele: Qual é a marca?
Ela: Seu cretino!

Luis Fernando Verissimo

Reticências

Às vezes eu imagino
que tenho alguém
perto de mim...
Alguém que eu amo
e que me quer também;
que olha nos meus olhos,
que pega no meu rosto,
alguém que sabe o gosto
que o meu coração tem...
Sabe, de vez em quando
a minha imaginação
trabalha tanto,
que chego a ver você!
Chego a sentir sua mão!
Vê?...
Parece que voce está aqui agora,
no entanto...

Mariza Fontes de Almeida

Quero

(O beijo, por Gustav Klimt)


Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo, desmentes,
apagas teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor saltando da língua nacional,
amor feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.

Carlos Drummond de Andrade

O amor da sua vida

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos,
simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Costuma ser despertado mais pelas flechas do cupido que por uma ficha limpa.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada,
veste-se bem e é fã do Caetano.Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá,ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam,
pela fragilidade que se revela quando menos se espera.Você ama aquela petulante.
Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco, você a levou para conhecer a sua mãe e ela foi de blusa transparente.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado,
o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você.
Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste.
Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra
no armário, ele escuta Egberto Gismonti e Sivuca.
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha.
Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga.
Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas.
Por que você ama este cara?
Não pergunte para mim. Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais.
Gosta dos filmes de Woody Allen, dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e
seu corpo tem todas as curvas no lugar.
Independente, emprego fixo, bom saldo no banco.
Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo.
Com um currículo desse, criatura, por que diabo está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa.
Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática:
eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC.
Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é.

Roberto Freire

Navegue


Navegue, descubra tesouros, mas não os tire do fundo do mar, o lugar deles é lá.
Admire a lua, sonhe com ela, mas não queira trazê-la para a terra.
Curta o sol, se deixe acariciar por ele, mas lembre-se que o seu calor é para todos.
Sonhe com as estrelas, apenas sonhe, elas só podem brilhar no céu.
Não tente deter o vento, ele precisa correr por toda parte, ele tem pressa de chegar sabe-se lá onde.
Não apare a chuva, ela quer cair e molhar muitos rostos, não pode molhar só o seu.
As lágrimas? Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.
O sorriso! Esse você deve segurar, não deixe-o ir embora, agarre-o!
Quem você ama? Guarde dentro de um porta-jóias, tranque, perca a chave!
Quem você ama é a maior jóia que você possui, a mais valiosa.
Não importa se a estação do ano muda, se o século vira, se o milênio é outro, se a idade aumenta;
conserve a vontade de viver, não se chega à parte alguma sem ela,
Abra todas as janelas que encontrar, e as portas também.
Persiga um sonho, mas não deixe ele viver sozinho.
Alimente sua alma com amor, cure suas feridas com carinho.
Descubra-se todos os dias, deixe-se levar pelas vontades, mas não enlouqueça por elas.
Procure, sempre procure o fim de uma história, seja ela qual for.
Dê um sorriso para quem esqueceu como se faz isso.
Acelere seus pensamentos, mas não permita que eles te consumam.
Olhe para o lado, alguém precisa de você.
Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca.
Mergulhe de cabeça nos seus desejos, e satisfaça-os.
Agonize de dor por um amigo, só saia dessa agonia se conseguir tirá-lo também.
Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se achá-lo, segure-o!
Caso sinta-se só, olhe para as estrelas: eu sempre estarei nelas.
Não estão ao seu alcance mas estarão eternamente brilhando para você!
Silvana Duboc

Não te amo mais

Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
OBS : Agora leia de baixo para cima.

Autor Desconhecido

A Pessoa Errada

Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa,
não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho.
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo,conseguindo
E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade
Tudo o que Ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente....
Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.
"Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas"

Luis Fernando Veríssimo