quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Dor Maior

Não quis julgar-te fútil nem banal
e chamei-te de criança tão-somente,
- reconheço, no entanto, infelizmente,
que, porque te quis bem, julguei-te mal.

Pensei até, ( e o fiz ingenuamente...)
ter encontrado a companheira ideal...
Quis julgar-te das outras diferente,
e és como as outras todas afinal...

Hoje, uma dor estranha me consome
e um sentimento a que não sei dar nome
faz-me sofrer, se lembro o amor perdido...

A dor maior... A maior dor, no entanto,
vem de pensar de Ter-te amado tanto
sem que ao menos tivesses merecido!...

J. G. de Araujo Jorge

2 comentários:

spersivo disse...

Paulo,
Esta você achou no fundo do baú! Muito bom gosto! Adorei. Veja meu bloguinho Viva a Poesia (http://serpoeta.blogspot.com) não é tão bom quanto o seu, mas é diferente, pois é minha busca de manter a posia traduzindo grandes poetas. Meus parabéns. Este é tão bom quanto o Dizpersive. um abraço. Silvio

Literatura, Arte & Vida disse...

Amo poesia...
Amo a poesia que se deixa apreender no cotidiano (por vezes tão insípido) da vida...
é por isso que os artistas são importantes: eles nos fazem ver, sob um primsa especial, nas coisas mais banais, uma beleza que nós, seres mortais, não seríamos capazes de visualizar...
Que bom que esse seu blog veicule a magia da palavra feita poesia...
beijos n'alma
Joel Cardoso